Com a fasquia elevada, o festival Inquieto prometeu muito mais que música e deu. Foi um fim-de-semana dedicado à música, à arte, à cultura, à criatividade, às tradições, uma diversidade ímpar que destaca este festival no panorama nacional.
Tudo no mesmo espaço, no Parque Urbano do Freixeiro, o spot ideal comprovado por festivaleiros, artistas e comunidade que marcou presença ao longo de todo festival. A atmosfera ideal para ouvir e sentir a diversidade musical, a inovação artística, a promoção de bandas emergentes com artistas locais, mas também viver a arte, as tradições, o artesanato, sentir a emoção das atividades lúdicas, participar nas mesmas ativamente, desfrutar do convívio, relaxar.
Um fim de semana intenso que colocou Celorico a bulir. “Não podíamos estar mais agradados com a realização deste evento. Vieram centenas de pessoas de todo o país a Celorico de Basto propositadamente para viver este festival e sentir toda esta envolvência à volta do Inquieto. É sobre essa máxima, muito mais que um festival de música, arte, cultura criatividade, que este festival se tem vindo a demarcar no panorama nacional pela forma como envolve a comunidade local” disse José Peixoto Lima, presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto. “O espaço, idílico, tornou-se, por si só, um chamariz, para festivaleiros e comunidade. Esta beleza natural encaixa em pleno no conceito deste festival e tenho a certeza que deixou todos os participantes muito agradados”.
O autarca, que esteve presente em grande parte dos eventos realizados, reforçou a importância de atividades deste âmbito para mexer com a economia local. “Todos os eventos realizados têm por objetivo a valorização da cultura local e com isso reforçar a atratividade deste concelho. Fazemos mexer a comunidade, mas acima de tudo fazemos mexer a economia e mostramos o melhor da nossa terra e das nossas gentes”.
No contexto musical, passaram pelo Inquieto os Criatura, os Quadra, a Dela Marmy, a Orquestra Bamba Social, os Pé na Terra, os DA CHICK, os CBT Rising Stars, os L-Blues, os Bandalhoca. Num conceito que é muito mais que música, foi possível assistir ao ciclo do pão e degustar esta iguaria tradicional, o pão cozido em forno de lenha, no moinho do Damas. “Os tempos são outros e felizmente as pessoas já não têm as necessidades de antigamente, mas é importante preservar as nossas tradições ancestrais e saber-fazer” disse Maria Marinho, da Artificium, entidade que desenvolveu esta atividade.
Decorreu ainda a oficina de tererés, aulas de yoga, performances de dança e ballet, e neste contexto, Catarina Oliveira, professora de ballet, assegurou que foi um momento único, “gostei imenso de podermos apresentar as danças, o ballet, num espaço pouco convencional, no meio de um jardim, foi diferente, uma experiência nova, tivemos que nos adaptar, sem a rigidez de uma salada de espetáculos, correu muito bem, e as famílias marcaram presença. Admito que sou fã de espetáculos ao ar livre pelo seu cariz mais informal”.
A comunidade teve ainda a oportunidade de participar em aulas de jump, dance kids, degustar de street food, ver e adquirir artesanato, fazer tatuagens Henna, participar em jogos desportivos, e muito mais, num conceito para miúdos e graúdos, com as famílias como protagonistas.
Este foi o III Festival Inquieto onde tudo se conjugou na perfeição.