O Partido Socialista de Celorico de Basto congratula-se com o anúncio de dois investimentos privados na área da hotelaria, previstos para as freguesias de Veade e Arnoia, sublinhando o potencial de criação de emprego qualificado e reforço da oferta turística no concelho.
Contudo, os socialistas lamentam o que consideram ser um aproveitamento político por parte do executivo municipal. “Estes investimentos não resultam de qualquer estratégia ou ação concertada da autarquia”, afirma o PS em nota enviada às redações, reforçando que se trata de “iniciativa exclusiva de agentes privados”.
“Saudamos estes projetos e desejamos que se concretizem rapidamente, pois Celorico precisa de iniciativas que gerem emprego e valorizem o território. No entanto, é inaceitável que o executivo PSD tente reivindicar méritos que não lhe pertencem”, afirma Eugénio Fernandes Carvalho, líder do PS local e vereador na Câmara Municipal.
Para o dirigente socialista, “o concelho está parado, sem visão, sem ambição e sem políticas públicas eficazes que tornem Celorico atrativo para quem quer investir”. Eugénio Fernandes Carvalho acusa ainda o executivo de não apresentar resultados concretos do Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo: “Temos questionado, sem sucesso, os resultados do tão promovido Gabinete. Até hoje, o executivo PSD não apresentou qualquer dado que comprove a sua utilidade.”
O PS de Celorico de Basto denuncia também a falta de estratégia económica, apontando o estado de “degradação das zonas industriais do concelho” como exemplo. Na última reunião de Câmara, os vereadores socialistas votaram favoravelmente a proposta de requalificação do parque industrial de Carvalho e do parque empresarial de Basto, mas deixaram uma declaração de voto crítica.
“O nosso voto foi de responsabilidade, mas não podíamos deixar de assinalar que são apenas remendos tímidos, incapazes de resolver os problemas estruturais existentes”, afirma Eugénio Fernandes Carvalho.
Os socialistas consideram ainda “incompreensível” que o município avance com a colocação de novos lotes no mercado “sem resolver a situação dos muitos lotes vendidos e sem utilização”, alertando que tal poderá apenas “agravar o problema”.