Decorreu ontem, 05 de março, a cerimónia de inauguração da Estação de Mondim e dos azulejos, um momento há muito ambicionado pela importância deste espaço para a promoção turística do território e pela preservação do património existente.
O presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, nota, em discurso protocolar, que “vamos dar início de uma nova etapa desta ecopista com a abertura ao público deste conjunto. Será um espaço de promoção dos produtos locais, um local de degustação, um ponto de descanso, um local atrativo numa das ecopistas maiores do país e que ambicionamos ser das melhores do país. A gestão destas estações exigirá que o espaço esteja aberto de forma permanente, asseado, limpo e com serviços vários de apoio aos turistas e aos utilizadores da ecopista”. Uma recuperação possível através de candidaturas a fundos comunitários. “Está connosco o secretário da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, Dr. Telmo Pinto, que sempre colaborou connosco para que fosse possível chegar a esta fase, depois do sucesso das várias candidaturas realizadas. O programa Provere terá ainda que apoiar um terceiro ciclo de investimento nesta ecopista. Em Lourido estamos a realizar a ponte de arame, o núcleo interpretativo da rota do românico na igreja de Veade já está em execução, e existe uma série de espaços de natureza junto desta ecopista que precisam de ser reabilitados”. José Peixoto Lima confirmou que “o estado de degradação desta ecopista a todos envergonhava, o estado dos azulejos, reabilitados por uma empresa da especialidade, coloca-nos uma exigência na sua preservação, não podemos permitir que atos de vandalismo o destruam, temos que proteger e salvaguardar este património”.
Um património que tem uma ligação histórica ao concelho vizinho, Mondim de Basto, e que fortalece os laços de coesão, para um objetivo comum, afirmar o território. “Este espaço que é Basto sempre teve e continua a ter problemas de afirmação regional, é preciso estreitar os laços de coesão de Basto, onde a responsabilidade e coesão são fundamentais para a afirmação deste território, Celorico e Mondim estão ligados por laços profundos desde sempre, e não há rivalidade entre os dois municípios, mas sim interligação e cooperação. Esta estação de nome Mondim de Basto foi construída para servir a população da outra margem do rio, e é essa memória e história que vamos preservar. Com mais de 70 anos de existência, esta Estação acompanha agora outras viagens enquanto equipamento de apoio aos utilizadores da ecopista do Tâmega”.
A recuperação deste património mostra-se como um projeto ancora, agregador e de afirmação da região, opinião partilhada pelo 1º secretário da CIM- TS, Telmo Pinto, “este é um projeto integrado na recuperação dos produtos endógenos do nosso território, esta valorização das estações e da ecopista, uma das mais belas e reconhecidas e nível nacional e europeu. A valorização deste património e agora disponível à fruição pública, é daqueles investimentos que nós consideramos de projetos ancora, porque vai dinamizar a atividade económica destas localidades e desta sub-região, e aqui o Município de Celorico de Basto, está duplamente de parabéns, porque fez uma recuperação e reabilitação do património de uma forma excelente. Um projeto que pode e está a alavancar outros tipos de investimentos”.
Um momento também importante para a comunidade de Veade pela localização geográfica da estação, mas também pela importância histórica para estas gentes. “Este é um espaço carregado de histórias e memórias que durante anos serviu a população de Veade. Tantos como eu têm memórias desta estação, outros tempos e outras realidades, é um privilégio ver este espaço renovado. Este novo espaço, agora com uma nova vida, oferecerá novas valências e serviços proporcionando excelentes memórias e experiências a quem nos visita, envolto num cenário único sobre o rio Tâmega” disse o presidente da União de Freguesia de Veade, Gagos e Molares, José Peneda.