Está oficialmente inaugurada a exposição “Anne Frank – uma história para hoje” patente na Casa da Terra, em Celorico de Basto, até ao próximo dia 10 de novembro.
A abertura oficial decorreu no dia 26 de outubro, com a apresentação do projeto a cargo dos alunos do 9º ano e do 12º ano do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto e dos alunos do Agrupamento de Escolas de Mondim, onde esteve até então exposição.
Uma exposição atual que “incide na preocupação pelos direitos humanos e pela democracia, numa altura especialmente preocupante tendo e conta o que se passa no mundo” disse José Peixoto Lima, presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto. “Enquanto autarca é com regozijo que vejo esta exposição em Celorico depois de estar aqui nos nossos vizinhos, uma espécie de intercâmbio que permite também fomentar as nossas relações de cooperação e parceria. Trata-se de um projeto nobre sobre uma matéria extremamente importante e que permite aos nossos jovens um conhecimento pessoal de uma parte da história. Fomenta o seu pensamento crítico e cívico, mas sobretudo incita a que estejam sempre e devidamente informados”.
A exposição está inserida num projeto de âmbito nacional e que resulta numa parceria entre Embaixada do Reino dos Países Baixos, a Anne Frank House, a Associação Comunidades que Florescem e a Escola Superior de Educação Paula Frassinetti.
Para a coordenadora do projeto, e representante da Associação Comunidades que Florescem, Catarina Mendes, os jovens são os principais visados deste projeto, “são os jovens estudantes que vão fazer as visitas guiadas, que vão falar sobre o tema da discriminação e das consequências de viver em sociedades não democráticas, a jovens da idade deles, e é claro que a sua forma de falar, aquilo que a eles importa, é muito mais próximo dos seus colegas e pares, e é esta forma de partilha de conhecimento, que a Anne Frank House tem, que está no coração deste projeto”. As escolas e os alunos envolvem-se claramente neste projeto, e o objetivo mais global que pretende para Portugal é “que fosse possível criar um clube de Guias Anne Frank como há no Brasil, na Argentina e em outros países. Jovens que promovam o respeito pelos direitos humanos, pela cidadania, um grupo que fique com a semente de participação cívica e democrática que lançamos com este projeto”.
Catarina Mendes disse ainda que este é um projeto “único, que nasce de uma entidade a Anne Frank House, com os melhores profissionais, os melhores investigadores, os melhores métodos, na vanguarda de métodos pedagógicos e que visa manter viva a memória de Anne Frank, informar sobre o regime Nazi e, simultaneamente, mostrar aos jovens e visitantes onde o racismo e os preconceitos nos podem levar”. Prioritariamente procura “promover a cidadania ativa, tendo por base do Direitos Humanos através da história de uma menina e da sua família que, por serem Judeus, tiveram de fugir do seu país durante a 2ª Guerra Mundial”.
A exposição estará, até dezembro de 2024, a percorrer as escolas do norte de Portugal. Em Celorico de Basto, na Casa da Terra, estará patente até ao próximo dia 10 de novembro, direcionada às escolas e a toda a comunidade.