Foi em ritmo tranquilo, mas com entusiasmo crescente, que se realizou a caminhada andante sobre vegetação silvestre comestível e medicinal, atividade integrada na 3.ª edição da Villaromática, em Celorico de Basto. O percurso decorreu na Quinta da Bouça, um espaço natural preservado que serviu de cenário ideal para uma verdadeira aula ao ar livre sobre a riqueza da flora local.
A conduzir a caminhada esteve Fernanda Botelho, reconhecida especialista em plantas aromáticas e medicinais. Com a sua sabedoria cativante, conseguiu prender a atenção dos participantes — e até, simbolicamente, fazer “calar os pássaros”, tal era o silêncio atento de quem escutava.
Ao longo do percurso, falou-se de plantas como a urtiga, conhecida não só como fertilizante natural mas também pelas suas múltiplas propriedades medicinais, e ainda da serralha, couve, camomila, mentrasto e muitas outras espécies que povoam os campos da região.
“Plantas insubmissas” foi o nome desta caminhada que procurou precisamente destacar o valor das espécies silvestres, muitas vezes ignoradas, mas com um potencial imenso para a saúde, a gastronomia, a agricultura sustentável e a valorização do território.
A atividade constituiu uma manhã repleta de conhecimento, ligação à natureza e valorização da identidade local. Porque, como foi sublinhado durante a iniciativa, a riqueza de um território também se mede pela forma como reconhece e cuida da sua flora.
