A obra de ligação do troço entre Lordelo, em Veade, à vila de Fermil, e ao extremo do concelho de Celorico na União de Freguesias de Canedo de Basto e Corgo, foi adjudicada hoje, nas instalações das Infraestruturas de Portugal, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, e do secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas, Frederico Francisco.
O autarca celoricense saudou o avanço na Variante do Tâmega, um lanço de 3,3 kms “muito importante, mas insuficiente para cumprir o objetivo e propósito da Variante do Tâmega que é o de ligar o IP4 em Amarante à auto-estrada A7, prometida há mais de 40 anos” disse o autarca. José Peixoto Lima acrescenta que “é fundamental concluir esta obra depois de décadas de atraso”. O autarca aproveitou ainda a oportunidade para reivindicar a urgente “criação de uma saída na A7, na Lameira para a população local e a zona industrial, e a ligação da Mota a Felgueiras. Ao mesmo tempo informou da “emergência em criar um plano de intervenção que garanta a reabilitação das estradas nacionais que servem o concelho de Celorico de Basto”.
O lanço recém-adjudicado visa conectar o lugar de Lordelo, em Veade, à Vila de Fermil e ao extremo do concelho de Celorico, na União de Freguesias de Canedo e Corgo. No entanto, o Presidente ressalvou que, apesar do progresso, ainda faltam seis quilómetros para concluir a ligação entre o IP4 em Amarante e a autoestrada A7 na vila de Arco de Baúlhe, abrangendo os concelhos de Celorico e Cabeceiras de Basto.
O autarca aproveitou para fazer pressão junto do secretário Adjunto e das Infraestruturas, Frederico Francisco, o qual referiu que será o próximo governo a decidir sobre essa questão mas que se se mantiveram os objetivos dos governos em concluir os troços da rede viária de proximidade, será possível, nos próximos anos, concluir a tão ambicionada ligação.
Para José Peixoto Lima “é fundamental que a revisão do projeto deste troço em falta seja rapidamente realizado, para também rapidamente a obra poder ser lançada a concurso”, sublinhando a importância dessa infraestrutura para a mobilidade e coesão da região de Basto, assim como para as suas conexões externas.
O presidente relembrou que a construção da Variante do Tâmega remonta a um protocolo assinado em 1984 entre o município de Celorico de Basto e o então Ministério do Equipamento Social. Esse acordo, destinado a compensar o encerramento da linha ferroviária do Tâmega, incluía a construção da variante entre Amarante e Arco de Baúlhe. No entanto, apesar das promessas e acordos, a conclusão integral da obra não se concretizou ao longo de quase quatro décadas.
O autarca destacou também outras necessidades de infraestrutura, como a urgência na construção de um nó de acesso à A7 no lugar da Lameira, em Celorico de Basto, e a ligação do aglomerado da Mota ao concelho de Felgueiras, visando melhorar a acessibilidade à região.
A assinatura da empreitada de adjudicação foi formalizada na sede das Infraestruturas de Portugal, entre o presidente da IP, Miguel Cruz, e o representante da empresa adjudicatária da obra, Fernando Correia, do Grupo Alberto Couto Alves.
O presidente expressou total disponibilidade para colaborar no avanço destes projetos, enfatizando a importância da cooperação entre as entidades envolvidas.
A obra é financiada na integra pelo PRR num valor superior a 12 milhões de euros aos quais se somam os valores com as expropriações e custos com o projeto.