Na noite de 5 de outubro, Dia da Implantação da República Portuguesa, o Centro Cultural Marcelo Rebelo de Sousa, em Celorico de Basto, foi palco do concerto “Cantar Abril”. O evento celebrou a liberdade através da interpretação das “músicas da revolução”, enchendo o espaço e deixando a plateia rendida à excelência dos intérpretes.
“Cantar Abril” foi um concerto integrado nas comemorações dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril, promovido pela Academia de Música de Basto com o apoio da Câmara Municipal. Uma iniciativa carregada de emoção com a liberdade exaltada desde o primeiro ao último instante.
José Peixoto Lima, presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, afirma que «a liberdade deve ser sempre preservada. A música traz agarrada a si uma conotação de liberdade única, com mensagens para sentir e refletir, e que não deixam ninguém indiferente. “Cantar Abril”, pela Academia de Música de Basto, é exaltar a excelência, é preservar a memória e a história, e perceber que não podemos ficar estagnados. É preciso agir para que a liberdade se mantenha intacta e as comunidades tenham os seus direitos fundamentais salvaguardados».
Reforça o autarca que tudo tem sido feito, a nível autárquico, para que Abril se faça todos os dias: “Estamos a desenvolver todos os esforços para que os nossos cidadãos tenham acesso aos melhores serviços, a serviços de qualidade fundamentais para o bem-estar coletivo. E é por isso que estamos resolutos na nossa missão autárquica e temos vindo a colocar à disposição da população uma série de serviços, a exemplo a entrada em funcionamento da Polícia Municipal para execução de serviços administrativos, que estavam em falta, e para colaboração na salvaguarda de pessoas e infraestruturas”.
José Peixoto Lima ressalva ainda que, “a muito curto prazo, meados deste mês, teremos em funcionamento a Unidade de Internamento e Reabilitação no nosso Centro de Saúde, um equipamento que aproxima as pessoas em reabilitação dos seus, e que será o início do processo de transformar o nosso Centro de Saúde, para um equipamento mais moderno, acessível e com serviços variados para salvaguarda da saúde dos nossos cidadãos, porque isto também é preservar a liberdade”.
O concerto apresentou músicas de grandes intérpretes nacionais, tais como “Liberdade” de Sérgio Godinho, “Cantar da Emigração” de Adriano Correia de Oliveira e “Grândola Vila Morena” de Zeca Afonso.
O Academia de Música de Basto juntou a maioria dos seus alunos e os professores para a interpretação destes e de muitos outros temas, proporcionando um concerto «carregado de emoção, com a música a permitir conexões com realidades de opressão e injustiça, mas também de liberdade e resistência. Trabalhar estes temas é viver verdadeiros movimentos de libertação, é dar aos nossos alunos a oportunidade de “viver”, pela música, períodos marcantes da nossa história, e ensinar-lhes que a música é e será sempre uma forma de luta, resistência e resiliência, um veículo poderoso para alcançar objetivos concretos como a igualdade de oportunidades», disse Carla Lopes, diretora da Academia de Música de Basto
A diretora deixou ainda «um agradecimento muito especial ao Município, bem como ao jovem músico, João Jorge Moreira, que graciosamente compôs o arranjo da nossa última intervenção “cantar de Imigração”, que nos encheu a alma com tão etéreas melodias, elevando bem alto os nossos desejos de liberdade serem ainda mais enaltecidos!»