No Dia Internacional do Chá, Celorico de Basto destaca a Camellia sinensis — a camélia que se transforma em chá

No Dia Internacional do Chá, Celorico de Basto destaca a Camellia sinensis — a camélia que se transforma em chá

Assinala-se hoje o Dia Internacional do Chá, e Celorico de Basto aproveita a ocasião para destacar uma das espécies mais marcantes do seu património botânico: a Camellia sinensis, a planta de onde se produz o chá.

Conhecido por ser a Capital das Camélias, Celorico de Basto promove há vários anos iniciativas que valorizam a beleza e diversidade destas plantas, com especial destaque para a sua dimensão ornamental. No entanto, nem todos sabem que o chá — uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo — também nasce de uma camélia.

A Camellia sinensis, de folhas pequenas e verde-escuras, é cultivada há mais de 4.000 anos no Sudeste Asiático, onde começou por ser usada com fins medicinais. A sua difusão mundial acompanhou as rotas comerciais e coloniais, tendo chegado à Europa no século XVII. Em Portugal, é nos Açores que a produção de chá ganhou expressão, mas o interesse tem vindo a crescer também no continente.

Ao reconhecer que a planta do chá é, ela própria, uma camélia, Celorico de Basto reforça a sua ligação à tradição botânica, mas também à utilidade agrícola da espécie. Esta valorização integra uma visão mais ampla de identidade territorial, que une património natural, cultura e desenvolvimento sustentável.

Num tempo em que se procura valorizar recursos locais e promover práticas de produção mais conscientes, a Camellia sinensis surge como símbolo de conexão entre o passado e o futuro, entre o belo e o funcional. E Celorico de Basto continua a afirmar-se como território onde a camélia floresce em todas as suas formas — inclusive na chávena.