Numa terra onde “o presente se constrói com o orgulho do passado”, realizou-se mais uma edição do Cortejo à Moda Antiga. A festa, promovida pela Associação Cultural e Recreativa de Ourilhe (ACRO), procura ser um reencontro com a história, os usos e os costumes que resistem ao tempo e fortalecem a identidade de um povo.
No dia 8 de agosto de 2025, o cortejo percorreu as ruas de Ourilhe e reuniu centenas de participantes e visitantes numa demonstração viva da herança cultural local.
A manhã começou com a arruada de bombos, que atravessou a freguesia despertando sorrisos e convidando todos a participar. Ao entardecer, no Largo de S. João, o encontro de gerações ganhou forma: participantes trajados a rigor, envergando peças cuidadosamente preparadas e adornadas com objetos característicos que evocavam tempos passados. Ao som da música tradicional, o cortejo avançou pelas ruas, criando uma atmosfera única onde cultura e emoção se entrelaçaram em perfeita harmonia.
O destino foi o Parque de Merendas de Ourilhe, onde a chegada foi marcada por um ambiente de festa e partilha. Entre a boa disposição, o aroma inconfundível do porco no espeto e a alegria refletida em cada rosto, o convívio prolongou-se num clima de verdadeira comunidade. Quando a noite caiu, o animado arraial manteve viva a energia, prolongando a celebração até de madrugada.
A organização, visivelmente orgulhosa, sublinha que “este cortejo pretende continuar a destacar o que melhor têm estas gentes, a sua capacidade de preservar uma identidade secular, a capacidade de olhar para o passado com respeito e para o futuro com otimismo. Somos um povo extraordinário que vive intensamente as nossas tradições”, disse João Lopes da Silva, presidente da ACRO.
A iniciativa contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, a convite da organização, que aproveitou a ocasião para conviver e felicitar a ACRO pela sua “capacidade de unir a comunidade em torno das suas raízes, em torno do que melhor os identifica e que querem ver preservado. Somos uma terra de tradições bem vincadas e das quais a comunidade se orgulha, bem-hajam pela dedicação”.