De 4 a 6 de julho, Celorico de Basto acolheu o III Encontro de Ciências e Tecnologias e I Encontro de Línguas e Cultura de Basto e Barroso. O evento envolveu mais de 270 docentes em três dias de intensa atividade formativa.
Na cerimónia de encerramento, o presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, agradeceu ao Agrupamento de Escolas e ao Centro de Formação pela iniciativa “que procura sempre envolver a comunidade destes quatro municípios das terras de Basto e que traz a este concelho centenas de pessoas oriundas de vários pontos do país propositadamente para a formação. Espero que tenham ficado com vontade de regressar um dia para desfrutar deste concelho e do muito que tem para oferecer”.
O autarca abordou ainda os momentos de lazer que o concelho ofereceu aos docentes: “Foram 3 dias de trabalho intenso, onde foi proporcionada a visita a alguns pontos estratégicos do concelho, com passagem pelo Castelo e pela Villa de Basto que foi sede de concelho até 1719, e que vive por estes dias a jornada medieval. Tiveram também a oportunidade de ver uma ponte peculiar, feita de arame com um significado muito próprio. A localidade do outro lado do rio, Rebordelo, é uma comunidade que já pertenceu a Celorico de Basto, e as duas comunidades estavam separados desde que aquela ponte ficou impedida de ser utilizada, por estar em franco estado de degradação”.
José Peixoto Lima aproveitou ainda a oportunidade para tecer um agradecimento especial aos funcionários do Município, que colaboraram com afinco para que tudo decorresse como previsto.
Estes encontros foram muito mais que uma simples troca de conhecimento, “foi uma celebração das nossas tradições, o aprofundamento das nossas capacidades científicas e tecnológicas e uma reafirmação da riqueza cultural que nos une”, disse Domingos Carvalho. O diretor do Agrupamento de Escolas, entidade organizadora, em parceria com o Município e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, disse que “ao longo destes dias, tivemos a oportunidade de mergulhar nas especificidades das ciências e tecnologias contemporâneas, adaptando-as ao nosso contexto local. Discutimos metodologias inovadoras, exploramos novas ferramentas tecnológicas e principalmente refletimos sobre como podemos integrá–las eficazmente no ensino. O avanço tecnológico é inevitável, mas é da nossa responsabilidade garantir que ele seja acessível e benéfico para todos os nossos alunos, preparando-os para os desafios do futuro. A língua e a cultura de Basto e Barroso, são tesouros que devem ser preservados e promovidos através de oficinas, debates e apresentações reforçando a importância de manter viva a nossa identidade cultural”.
Domingos Carvalho agradeceu com emoção a todos aqueles que colaboraram na organização, pessoas singulares destacadas com mérito pela entrega integral para que tudo decorresse tal como estava previsto. “Aos formandos desejo que levem consigo não apenas novos conhecimentos, mas também um renovado sentido de missão e inspiração para aplicar tudo o que aprenderam nas vossas práticas pedagógicas. E insisto nisso, não é para vós, é para os alunos. Encerramos este ciclo com a certeza que saímos mais preparados e motivados para enfrentar os desafios da educação, sempre com um olhar atento às nossas raízes e com espírito aberto à inovação”.
Pela UTAD, João Carrola, professor universitário, membro da organização e orador, ressalvou a motivação da equipa de trabalho que promoveu os encontros de Basto, com especial destaque para a professora Maria João Rema e o diretor do Agrupamento de escolas, “foram 3 dias de muito trabalho que valeu a pena. O programa esteve bastante completo, com workshops, palestras, tudo em prol do conhecimento. Espero que tenham aprendido alguma coisa de novo, que levem alguma coisa para a escola”.
Esta formação é creditada pelo Centro de Formação de Basto e o diretor deste centro de formação, João Carlos Sousa, enalteceu o empenho de todos na organização do evento e teceu largos elogios a todos os envolvidos, falando das questões de certificação inerentes à formação do interesse dos formandos presentes.
Os formandos estavam particularmente agradados e interessados na formação, como nos disse Fernando Coelho, professor de Biologia e Geologia, que participa na formação pelo 2.º ano consecutivo, e que reforça a necessidade de se manterem “atualizados”. O docente partilha que “nestes encontros acabamos por ouvir palestras que nos chamam a atenção para algumas áreas que já não nos recordávamos, ou sobre as quais não estávamos particularmente despertos. Na área de Biologia e Geologia é sempre importante estarmos por dentro do que está a ser investigado. Esta formação permite-nos perceber aquilo que podemos fazer de melhor e de diferente na nossa prática pedagógica”.