Não é segredo para ninguém – até para os menos atentos ao panorama futebolístico – da ligação emocional existente entre o capitão da seleção argentina e o FC Barcelona. Após passar maior parte da sua vida ligado ao clube catalão, Lionel Messi, viu-se a ser transferido para o PSG no verão de 2021, devido à profunda crise financeira em que o Barcelona mergulhou.
Devido à pandemia COVID-19, em 2020, todos os clubes de futebol viram as suas receitas a diminuir devido às restrições impostas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelos próprios Governos de cada país. Josep Maria Bartolomeu – na altura presidente do FC Barcelona – viu as receitas do clube a caírem devido à não realização de jogos de futebol, de não poder aceitar eventos nos espaços do clube, da falta de visitas a Camp Nou e ainda ao baixo valor de vendas de material desportivo. A falta de verba, obrigou o Barcelona a pedir redução salarial aos seus jogadores, na qual esmagadora maioria aceitou.
Foi no verão de 2021 que o lendário número 10 do Barcelona viu o seu contrato a chegar ao fim, havendo interesse de ambas as partes na renovação – tanto da parte do clube como do jogador. O grande problema foi que o Barcelona esteve impedido de concluir a renovação com Messi devido às restrições impostas pela La Liga, devido aos gastos excessivos do clube, que passavam o teto permitido pela liga de futebol espanhola.
Após o divórcio forçado com o Barcelona Messi começa a sua aventura no PSG, em França. O astro argentino viu se a ser remunerado com 35M€ anuais, num contrato assinado por 2 anos, tornando-se no 3.º jogador mais bem pago da Europa e do PSG, apenas superado pelos colegas de equipa Kylian Mbappe e Neymar Jr. A adaptação de Messi ao PSG não pareceu fácil no 1.º ano de contrato.
Na temporada de 2021/2022 Leo Messi fez um total de 34 jogos com o emblema do clube parisiense ao peito – 26 para a League 1, 7 para a Champions League e 1 para a Coupe de France. No total marcou 11 golos (6 para a League 1 e 5 para a Champions League) e fez 15 assistências (todas elas para a League 1). Porém, na temporada 2022/2023 a estrela argentina viu os seus números a subirem. Em 38 jogos faturou 20 golos (15 para a League 1, 4 para a Champions League e 1 para o Trophée des Champions), tendo assistido por 19 vezes – 15 para a League 1 e 4 para a Champions League.
Já é sabido através da imprensa internacional que Lionel Messi não está interessado em renovar contrato com o PSG, estando em cima da mesa um regresso ao seu velho amor FC Barcelona, ou um contrato chorudo na Arábia Saudita, onde pôem em cima da mesa 400M por um contrato de 2 anos! A viagem de Messi à Arábia Saudita não deixou ninguém indiferente, havendo quem especule que o jogador foi assinar contrato com o Al Hilal, clube rival do Al-Nassr de Cristiano Ronaldo. O assunto escorreu tanta tinta, que o jogador foi suspenso durante duas semanas pelo PSG, falhando aos treinos, às convocatórias para os jogos e também não recebendo salário durante essas semanas.
O regresso ao Barcelona é uma forte possibilidade para Leo, e talvez a mais certa de acontecer. O clube sagrou-se campeão da La Liga no passado dia 14/05/2023, o que fará convencer ainda mais Messi a se reintegrar no Barcelona para a próxima temporada para disputar La Liga, e os jogos difíceis que virão para a Champions League.
O presidente do Barcelona Laporta, disse a público que conversou com Messi e restabeleceu a relação que ambos tinham, além de afirmar que o clube catalão o quer de volta e que Barcelona é a sua casa. Além destas palavras, afirmou que fará tudo o que for possível para trazer Leo Messi de volta, não tendo dado valor aos rumores vindos da Arábia Saudita.
Só o futuro pode responder para onde irá o camisola 30 do PSG para a temporada de 2023/2024, sendo que de momento as hipóteses mais fortes são FC Barcelona e Al Hilal. A verdade é uma: este tema tem sido tão polémico que até começou a haver casas de apostas legais a fazer mercados de apostas sobre o possível destino do jogador.